A Lei e a Literatura RE(de)SENHADAS
Max Belzareno, Márcia Belzareno dos Santos, Tábatha Belzareno
Muito embora nossa tradição positivista faça com que uma significativa parcela dos intelectuais do nosso século venha, ainda, resistindo em vincular Direito e Literatura, cada dia que passa nos é mais presente e clara essa relação natural e necessária, eis que cada uma das áreas, respectivamente, desvendam aspectos da vida em sociedade, procurando moldá-los para a boa convivência, ou pela denúncia e pela crítica, como é o caso da Literatura, ou pelo disciplinamento, como faz o Direito.
Temos o dever social e jurídico de buscar o Bem Comum, ansiamos por isso, mas, na maioria das vezes, apenas solicitamos as benesses, sem nos preocuparmos em construí-las.
Examinando a obra literária sob a ótica da Literatura e do Direito, não podemos deixar de considerar o fato de que a Literatura é campo livre, especulativo; enquanto o Direito, apesar de todo o conteúdo social nele presente, é científico, é técnico, é definidor.
Como cidadãos do mundo, podemos nos questionar sobre até que ponto o Direito e a Literatura apelam, efetivamente, para o bom senso; pois educar para esse bom senso também deve ser um problema do direito e da literatura.
Educar também para os deveres, e não apenas para os direitos, poderia ser uma saída para uma sociedade mais justa e inclusiva, que acolhesse cidadãos, ao invés de explorá-los. Essa é a proposta do livro, ao colocar em paralelo o olhar do direito e da literatura sobre as ações humanas.