A minha avó é do mar
Filipa Barbosa
Quando a Marta me pediu para ir ao funeral, fiquei perdida, não sabia se estava à altura de a acompanhar.
Eu não queria ser a mãe, eu não queria ser a irmã, eu não queria ser ninguém.
Só queria chorar-te sem medo de cair, porque de certo ia acontecer.
Assumimos a dor e a nossa individualidade, seguimos juntas pelo amor que sempre te tivemos, pela coragem que nos ensinaste a ter perante a vida.
E foi assim durante mais de 200km, entre choro, telefonemas e abraços, seguimos na pior viagem das nossas vidas.