A Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo (de meados do século XVIII ao Compromisso de 1852) – Volume II
João Luís Andrade de Medeiros
Em meados de setecentos, as misericórdias portuguesas vivem, de uma forma geral, sob o signo da crise.
Uma decadência que, entre outros fatores, brota da excessiva acumulação de dívidas incobráveis, de erros de gestão administrativa, da incúria, de fraudes e subornos eleitorais, da delapidação do património e, não raro, da recorrente distorção da vontade dos doadores.
Neste contexto, a Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo não é exceção.
Ainda assim, no mais antigo município micaelense, não é o peso das dívidas, nem a persistência de conflitos internos que precipitam a confraria para a crise.