Ad Astra Per Aspera - por ásperos caminhos até aos astros
Ana Rita Areias
Entre o mar e o céu existe a poesia de uma mulher. Palavras que se refugiam num coração que teima em não se apagar. Umas que escolhem mergulhar em altos mares e outras que deslumbram a noite ao pé das estrelas. Mas, todas são vozes de uma cabeça na lua.
É poeticamente triste o frio e quando a chuva vem de noite, os sonhos por momentos têm o hábito de tremeluzir. Porém, há demasiadas histórias que o mar tem por contar, que os poetas insistem em gritar em papéis que poucos lêem e as paredes da cidade são as que registam as sombras de um dia que escureceu cedo demais. Na infinitude da perda encontram-se conversas que ficaram a meio e quando há poemas que te fazem esquecer a vida, o melhor é os guardar no íntimo de quem sente.