Alguns Agora
Albino Baptista, Álvaro Ferreira de Melo, João M. Pereirinha, Joaquim Mota, Jorge Lúpus, Maximiano Sinães
Em jeito breve mas rigoroso, faz-se a apresentação desta Antologia, que comporta Textos díspares, em perfeita liberdade criativa, compaginando géneros diferentes, agarrados a cada Autor, umbilicalmente.
Somente neste contexto, e na qualidade de coordenador, à semelhança do que foi realizado na década de oitenta, esta Antologia poderia nascer. Aliar o conteúdo à forma, às vezes é necessário, quando a meta é mais comercial do que, propriamente cultural. E não é a intenção deste conjunto de trabalhadores da pena. Muito pelo contrário, eles apenas querem e quiseram dar à estampa os seus Textos, a sua criatividade, a sua expressão guardada no tempo - quem sabe? – alguns fechados pelo alçapão da descrença, da falta de apoio, do desânimo e da revolta.
Este TEXTO congrega indivíduos, que gostam da arte de escrever, da pesquisa, do encontro com os outros e consigo próprios. Todos eles têm Textos editados, aqui e ali. Uns, no início, outros no durante e alguém a despontar no horizonte as suas aventuras culturais e as suas brincadeiras com a Palavra.
Pretende-se fornecer aos leitores uma gama diversificada de leitura, propiciando-lhes a delícia da surpresa, o encanto da descoberta e a fortuna do reencontro. Não é motivo para se negar que, no futuro, alguns venham a singrar nas Letras e arvorem como bandeira esta Antologia. Quer-se dizer que não vão esquecer esta trama e esta saga, como, infelizmente, acontece com outros que participaram, na tal década de oitenta, fazendo da memória um angustiante alguidar de despojos considerados inúteis.
Caberá, então, aos leitores, fazer juízo, não errante nem desconexo, mas em sintonia com o sentir, a verdade, a honestidade e a sinceridade. Oxalá apreciem, nem que seja em tom deficitário.