Alma Zen
Luís Pedro Proença
"Se a vida é uma verdadeira dádiva do Universo, quem somos nós para abreviá-la com infelicidade?"
Esta é uma das questões afloradas nesta colectânea de poemas que baptizei de "Alma Zen".
As pessoas procuram a felicidade sem verem que estão mergulhadas nela. Estamos envolvidos pelo calor do sol e pelas águas da chuva, e sobretudo, estamos vivos.
Quando abrimos o coração e a mente para as coisas tal como elas são, quando temos a consciência simples do presente e quando aceitamos a corrente da Vida, a felicidade serena surge naturalmente.
E não, não é uma conquista.
É pura sabedoria viva.
Por isso é cada vez maior a necessidade de que nos tornemos conscientes da Vida interior.
É premente esse despertar para aquilo que cada um guarda dentro de si. O segredo da transformação, o verdadeiro acto de rebeldia está pois no que se é em essência.
A noite negra da alma é a falta de rebeldia.
E "Alma Zen" é um grito de rebeldia.
É o testemunho poético que o raio de luz do dia seguinte nunca tarda a chegar.
Aqui fica o desafio em forma de poesia para que voem ao encontro da luz.
"Voa! Chegou o momento
Do teu casulo quebrar,
De ir ao encontro da luz..."
Porto, Novembro de 2011