Chafurdar
Nana Araujo
Saí de Curitiba para ganhar o Rio, fui de um extremo a outro. O Rio me ensinou muito sobre a liberdade de ser, libertou-me do condicionamento de me preocupar com a minha imagem. Até então eu acreditava que era o que pensavam a meu respeito, então precisava me controlar para não frustrar a expectativa do outro, para que não fizessem um julgamento errado da minha pessoa.
“O que os outros vão dizer?!”
Vivia com isso em mente, ficava preocupada e me afastava da minha poesia, da minha verdade e reprimia os meus desejos. Deus me livre de receber o título de louca ou piranha. Meu maior medo era que descobrissem o que na verdade eu sou!