D. Afonso Henriques de Bragança: O Esquecido

Agostinho Inácio Bucha

O infante D. Afonso Henriques herdou da mãe a faceta de não se preocupar com a origem social para distribuir ajuda pelos outros. Ao longo da vida apreciaria o contacto verdadeiro com todos, o que lhe valeria sérias críticas da velha nobreza, que não entendia a facilidade em estar com todos e a dificuldade em estar presente nas cerimónias oficiais.

Desde o nascimento este infante sempre esteve em lugar secundário, constituindo uma reserva, que em certos momentos era necessário reclamar. Em pequeno, percebera que todos tratavam o irmão com maior deferência, indo ao extremo de o ignorar e evitar em certas ocasiões. Para outras crianças, esse comportamento poderia ser um trauma, mas no caso dele era uma imposição da tradição e não mais que isso. Como segundo filho, tinha mais liberdade, o que era do seu agrado.

O Duque do Porto sempre serviu o seu país de forma desinteressada e teve uma vida secundária que poucos benefícios lhe deu. Foi usado por monárquicos antes e depois de 1910, e nos últimos anos de vida morreu, esquecido por todos, incluindo por aquela que tudo negociara e tudo obtivera.

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