De Políticos e Escritores a Jornalistas Profissionais: jogos de

Paula Galvão Miranda

Esta obra articula-se em torno das coordenadas que nortearam o aparecimento de um novo protagonista social: o jornalista.

Os trajectos seguidos por três jornais com histórias distintas, o Diário de Notícias, O Século e O Primeiro de Janeiro constituíram o ponto de partida para analisar as origens do processo de construção da identidade dos jornalistas portugueses, num momento caracterizado pela inexistência de mecanismos de controlo formalmente instituídos.

A anatomia das instituições serviu de plataforma para entendermos a funcionalidade dos actores. De facto foi a introdução de novas directrizes redactoriais que esteve na base da constituição de um capital de competências específico que permitiu que o jornalismo se autonomizasse face a outros domínios de actividade como a política e a literatura dos quais havia permanecido até então como um mero subsidiário. Os jornais não deixaram de ser tribunas políticas e locais de expressão literária mas adquiriram uma identidade distinta conferida pela divisa do novo conceito norteador: informação.

O Diário de Notícias, ao assumir explicitamente o jornalismo como um negócio e ao adoptar a informação como estandarte, surgiu como o pioneiro de uma nova conceptualização que desbravou o terreno para a afirmação de um personagem que adquiriu existência histórica durante o século XIX: o jornalista.

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