Dispersus
Manuel Isaías Alexandrino
Diz-se que o Alentejo é terra de poetas.
A vastidão dos horizontes pode justificar esse quê sonhador que imprime na alma o sentir mais forte. E as palavras brotam do fundo da alma, como uma necessidade quase física de exorcizar algo.
As palavras aglomeram-se. A obra nasce.
E aí é como dar um beijo…
Do tamanho dos montados onde me vejo/ Tecendo poemas ao vento/ Guardião de ninhos e searas…
Manuel Isaías abre nestes escritos o seu peito
Faz no teu peito uma incisão/ E abre a alma quanto baste e transfere para os seus poemas e prosa essa alma, com retratos da sua infância, do tempo da Guerra Colonial, do seu quotidiano e da sua imaginação, povoada por essas mesmas experiências de vida. Escrever, para o autor, é assim nunca estar só, pois está dentro de si, em profunda análise.