Dona Santa

Arnaldo Paiva Filho

Dona Santa olhava para a agulha e o chumaço de cabelo do defunto. Se fossem cabelos de uma menina morta, estariam sendo vendidos na cidade, expostos numa bandeja, para satisfazer a vaidade das moças ricas da sociedade. Uma sociedade perversa e desigual, essa em que vivia. Uma sociedade hipócrita, calcada sobre os alicerces de um cristianismo conivente, falso, injusto. O que diria e faria Jesus Cristo se presenciasse tamanhos infortúnios? E ela pensava e pensava, e não encontrava solução que remediasse a situação em que viviam as mulheres de seu tempo.

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