Juventude Urbana

Hélio Ortega

O recorte de uma adolescência em fase inicial nos idos da segunda metade dos anos 1960, na maior cidade da América Latina. A partir da influência do bairro de classe média baixa e de seu entorno abrangente, as práticas eram aceitas e chanceladas pelo modus vivendi imperante na sociedade corrente, em que pessoas reproduziam o que delas se esperava, como uma ordem vinda de cima para baixo e sem contestações.

Nessa perspetiva, a juventude, pela sua própria natureza de inquietação e incômodo face a pressões impositivas, impunha resistência e desagrado pelo status quo. Em pensamento ou mediante ações, pequenas ou grandes transgressões se impunham e desafiavam as autoridades.

Em seus primeiros três anos de mocidade, Daniel viveu e presenciou, ao lado de familiares e colegas de escola, aventuras e situações inusitadas dentro e, sobretudo, fora dos contextos habituais. Com carga de dramaticidade, suspense, tristeza, alegria e humor, transitou por diversos episódios inerentes, esperados e inesperados, à etapa de vida considerada como a mais intensa em termos de questionamentos, rebeldias e contestações.

A narrativa apresenta a primeira vez de muitas coisas desejáveis à idade: a ida ao cinema, a punheta, o beijo, o cigarro, a ida à praia, amasso no ônibus, etc. Inesquecíveis na memória de qualquer jovem cada um desses instantes. Vivê-los intensamente significava atingir o êxtase. Daniel, mesmo com toda a timidez e retração, aproveitou-os ao máximo.

 

 

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