Laços do Destino
Areolino Soares Delgado
Quando a subir Alfama se abre uma janela, é como um apaixonado a abrir a boca. Todas as palavras parecem ser puro oxigénio. O poeta abre a boca e toca-te com palavras. Em tom aguerrido ou em voz que adoça, cada palavra que compõe um fado faz parte de uma história. Tantas histórias tem Lisboa, tanto amor em cada história.
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São pedras, são rosas. São rosas que, com persistência, nascem sobre pedras. São jardins sobre rochedos secos, são cores que enfeitam o corpo despido da mãe natureza. Na verdade são pessoas. Pessoas que lutam, que persistem, que amam. Pessoas que vestem a pele seca e castanha da terra despida e tornam-na colorida de nobres princípios. São pessoas, a maior riqueza desses grãos de terra que fazem o atlântico curvar-se.