Mamã, vamos dançar?

Isabel Venâncio

Um dia, abruptamente, dizem-nos "O seu filho vai morrer, em breve..." e fica-se assim, sem referências, sem chão, sem tempo e sem espaço. O futuro, que, de uma forma ou outra, sempre damos por certo, esfuma-se-nos perante os olhos (...) Tornamo-nos fantasmas vagabundos que vacilam e vagueiam titubeantes, em busca de uma fresta por onde passe um ténue raio de luz que nos ilumine o rumo a seguir.
Tudo fica circunscrito a cada dia, a cada acordar para o medo, a cada reiniciar de um combate sem tréguas contra um adversário poderoso e obscuro (...)
Tudo se esvai em cada lento adormecer extenuado e sem sonhos, no fim de cada dia.Para amanhecer, talvez...
Para procurar ser feliz, mesmo assim, em cada gesto de amor e em cada sorriso partilhados. Estes foram os meus dias, os dias do meu filho David.

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