O lado limpo

Álvaro Batista

(...)

mesmo quando insone o dia

ainda menino, cresce,

é sempre e só o teu sabor,

permanece

doce, tão doce

que endoidece o que de mim,

pouco, já subsiste,

da sensatez que esquece

porque é a demência,

só o desvario me apetece

na ânsia de excesso que nunca se desvanece,

de ti,

da tua pele, paixão

maior

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