O pastor da quinta dos veados

 “Fazia frio e o vento soprava com alguma intensidade, a batina esvoaçava como uma bandeira no seu mastro, foi as­sim que deixei Lisboa. Ali nasci, fui criança, fiz-me homem, conheci uma mãe maravilhosa e a crueldade dos homens. Nesta cidade sepultei a vergonha, o ódio, a maldade, larguei amarras e trouxe apenas a minha sacola, a imagem de um homem vagabundo e doente, o meu pai, e o sorriso encan­tador preenchido de amor da minha mãe, deixei Lisboa para ser livre e feliz.”