Para lá da Taprobana
Rui Miguel Saraiva
Sou céu. Sou nada de nada. Sou apenas um traste sozinho perdido no escuro, que não conseguiu esperar pelo sono profundo que me levasse a sonhar no mundo algo que nunca fui, não sou e não poderia.
Repleto de ideias penso em levantar-me e ir contra ao vento, saltar por cima de muros, descer e subir escadas como o homem rápido, e no fim do dia dizer bem alto que ainda tenho energia. Mas não. Sou alma. Sou passado.