Pessoas Estranhas, Vidas Comuns

Reginaldo Bittencourt

(...) e então de repente tornasse a ver-nos, afastou sua cadeira, ergueu-se e saiu da sala com passos lentos, sem proferir uma palavra, como um espírito de outros tempos.
Tão logo ela desapareceu, Eleonora virou-se para mim apreensiva, mas eu não pude confortar-lhe nem esclarecer-lhe nada com o meu olhar. Ficamos os dois, então, um instante parados, atônitos, perdidos em cogitações. Foi quando, lentamente, nós nos olhamos, e nos viramos em direção à porta. Pois notas distantes, melancólicas, começaram a ser ouvidas, e como mariposas cinzentas puseram-se a adejar diante de nós no espaço de silêncio da sala de refeições.

  • Escreveu ou está a escrever um livro que quer publicar?
    Está no lugar certo! Na Atlantic Books estamos constantemente à procura de autores talentosos, para ajudar a transformar as suas ideias em excelentes livros.
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para lhe oferecer uma melhor experiência e serviço.
Para saber que cookies usamos e como os desativar, leia a política de cookies. Ao ignorar ou fechar esta mensagem, e exceto se tiver desativado as cookies, está a concordar com o seu uso neste dispositivo.