Poesia de Juventude

Armando Martins

Não é de hoje que a poesia, aquela sobretudo com letra grande, se acaso existe poesia tão maior que a demais, parece reservada a meia dúzia de eleitos.

Poderá, em todo o caso, duvidar-se dos eleitos, o que é preferível a duvidar da poesia, que entenderão os eleitos e só eles talvez entenderão. Tudo isto se sabe, se sabe há muito, e eu dispenso-me de dizer o que acho, e se acho bem, se acho mal.

A poesia que apresento não é para eleitos, embora não desdenhasse se algum deus antigo descesse do olimpo, grego ou outro, e me desse a honra de folhear o livro. Não é para eleitos, nem de eleito, e lerá a minha poesia quem entender lê-la.

O autor, que conta 57 primaveras, escreveu o que ora apresenta há trinta anos, quando era jovem. Dá-o a ler tarde; mas, no absurdo de que é o mundo pródigo, há coisas mais estranhas ainda. Portanto, é esta a ocasião de ler uma recolha do que escreveu por esses anos.

Na vaga alta de livros que caracteriza o nosso tempo, de que já se queixava Kant, que nos deixou há mais de dois séculos, estará o meu destinado a passar despercebido. Pois assim seja. É esse de resto o destino final de toda a acção humana.

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