Quando a rua vira telhado, ao rio só resta voar

Mariana Suter

Uma viagem pode nos levar a outra dimensão? Para onde nos guiam as ruas de uma cidade? Podem as palavras criar uma realidade outra? Esses questionamentos foram postos em mo­vimento e ganharam forma de livro. Durante um período em que a humanidade experimentava pelo rigor os elos que nos conectam como e através de um organismo vivo, Lisboa me foi luneta e microscópio: Eu Sou porque Nós Somos. Eu me vejo através da cidade, a cidade me mostra o mundo, o mundo se enxerga?

“Quando a rua vira telhado, ao rio só resta voar” é um agradeci­mento a Lisboa pelo acolhimento, pela inspiração, pelos apren­dizados que me proporciona ainda hoje. Ela me mostrou a vida separada por séculos de distância e que ainda assim acontece ao mesmo tempo; me guiou até a percepção de que uma la­deira se transforma em abrigo que força ao movimento o que é inanimado; me lembrou que a linguagem é uma ferramenta de construção, e que com ela posso navegar pela Criação

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