REESCRITOS

Felipe Mendonça

A impressão que se tem ao se concluir a leitura deste livro de poemas é a de que estamos diante de alguém que acabou de sair da adolescência e ainda lhe mantém o frescor. Conservam-se, portanto, no eu-poético, o erotismo latente e um olhar juvenil e saudoso que são atravessados pela experiência adulta, urbana e erótica com e numa cidade capaz de gerar sentimentos conflituosos como repulsa e amor. De acordo com o poeta num dos primeiros poemas do livro:  “Desde menino sonhava (...)/Hoje, não sonho mais/ Como menino;/ Sei que engano e minto/ Como se quisesse conter/ Meu choro após o grito,/ O lume do círio/Agora extinto,/ Um mar que me afoga/Bravio.”

Tratam-se, portanto, de versos refinados cujo ritmo e musicalidade revelam uma mescla do antigo com o contemporâneo e de um cristianismo adolescente com a tradição dos poetas anacreônticos. Este livro trata, sobretudo, da experiência sentimental e erótica face a um mundo perigoso e conturbado para quem acabou de se tornar homem e ainda carrega em si certo medo e ingenuidade diante da aspereza e do pragmatismo da vida adulta.

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