Sal

César Vieira Dinis

O sal foi na antiguidade um bem precioso. Várias rotas do sal aconteceram para o transportar dos locais onde abundava para aqueles onde era naturalmente ausente ou escasso. As origens de Roma estão ligadas a uma dessas rotas. A liberdade poética permitirá dizer que, desse modo, também a origem da língua portuguesa está ligada ao sal.
Nos tempos que correm, o imperativo de um pragmatismo primário dissuade o direito à fantasia, empurrando-a para franjas marginais. Por isso, a vida, em geral, sujeita à opressão do «politicamente correcto» constrangedor do espaço de aventura que nasce da liberdade de pensamento, arrisca tornar-se desoladamente insossa.
Talvez que o sal da poesia possa contrariar a insipidez vigente, opondo-se ao normativo insidioso que tende a encerrar o desejo em mínimos inócuos para o «satu quo».

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