Silêncios (in)discretos

Ana Branco

Sei que não ouves a minha voz. Como poderias tu ouvi-la, se eu não a faço soar? E os meus silêncios, ouves meu amor? Sei que nunca te disse que gosto de ti, contudo certamente já percebeste que adoro o que sou quando estou contigo. Sei que nunca te disse o quanto gostaria de encostar a minha cabeça no teu peito num dia de chuva e ficar assim eterna e indefinidamente... escutando a melodia tocada pelo teu coração. No entanto, creio que já entendeste o quão reconfortante é para mim estar junto a ti. Não será, então, mais ou menos a mesma coisa? Sei que são tímidos os meus silêncios… mas certamente falam mais do que a minha voz. Sei que nunca tive a coragem de te dizer que tudo o que escrevo é sobre mim, é sobre ti. E quantas frases bonitas já não recitei eu junto a ti? Sei que nunca leste o que escrevi. Talvez porque se um dia o lesses, imediatamente perceberias que este texto não poderia ser acerca de mais ninguém, senão de ti.

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