A Genética da Saudade
José Abrantes
Na segunda feira, 16 de outubro de 2017, o Rio Dão chorou, embora suas lágrimas não conseguissem apagar o fogo que atingiu a Aldeia do Penedo, na Freguesia da Lajeosa do Dão, Concelho de Tondela, Distrito de Viseu. Algumas casas arderam, inclusive aquela onde Abílio d’Abrantes nasceu em 1899 e viveu até 1923, quando imigrou para o Rio de Janeiro, no Brasil. Só restaram pedras, com certeza assentadas há mais de 200 anos.
Queimaram minhas raízes,
mas minha alma portuguesa não.
Saudades da minha Aldeia do Penedo;
Saudades do meu Rio Dão.
As águas do Rio Dão,
são como lágrimas, que lá se vão.